sábado, 25 de dezembro de 2010

Nativitate Domini...

Dos Sermões de São Leão Magno, papa (séc. V):

Reconhece, ó cristão, a tua dignidade

«Hoje, caríssimos irmãos, nasceu o nosso Salvador. Alegremo-nos. Não pode haver tristeza no dia em que nasce a vida, uma vida que destrói o temor da morte e nos infunde a alegria da eternidade prometida.

Ninguém é excluído desta felicidade, porque é comum a todos os homens a causa desta alegria: Nosso Senhor, vencedor do pecado e da morte, não tendo encontrado ninguém isento de culpa, veio para nos libertar a todos. Alegre-se o santo, porque se aproxima a vitória; alegre-se o pecador, porque lhe é oferecido o perdão; anime-se o gentio, porque é chamado para a vida.

(...)

Reconhece, ó cristão, a tua dignidade. Uma vez constituído participante da natureza divina, não penses em voltar às antigas misérias com um comportamento indigno da tua geração. Lembra-te de que cabeça e de que corpo és membro. Não esqueças que foste libertado do poder das trevas e transferido para a luz do reino de Deus.

Pelo sacramento do Baptismo, foste transformado em templo do Espírito Santo. Não queiras expulsar com as tuas más acções tão digno hóspede, nem voltar a submeter-te à escravidão do demónio. O preço do teu resgate é o Sangue de Cristo.»


6 comentários:

Jorge disse...

Mariam Muito Obrigado pela tua resposta. Bem o meu comentário estava realmente algo confuso, talvez porque eu nestas coisas da fé ou melhor de autores, sou um pouco ignorante e tinha receio de dizer algo que pudesse ser uma ofensa para ti, pois como és catequista sabes muito mais sobre estes assuntos do que eu.
Pois verdade seja dita desde os meus 14 anos até aos 21/22 anos andei muito afastado da igreja católica e como sempre fui fascinado pela história e pela figura de Jesus Cristo, procurei outras fontes de conhecimento...sendo os gnósticos uma dessas fontes.
Aos 21 em certa medida devido ao meu verdadeiro encontro com a Arquitectura apesar de nessa altura já ter mais de metade do curso feito comecei a reaproximar das minhas origens católica...

Deixando a minha explicação de lado, e talvez o que me levou a escrever esta mensagem. Realmente o padre Mário é um verdadeiro poeta de Deus. Não se se sabes ou até se já leste o livro do Padre Mário, chama-se Terra Prometida, neste livro encontras uma bela e profunda narrativa poetica das estações d Via Crucis.

Um Abraço e boa continuação de Natal

Mariam disse...

Jorge,

Nada do que disseste me pareceu ofensivo à minha pessoa. Poderia, sim, comprometer-te... A minha confusão deveu-se a este dilema.

Deo gratias! Após alguns anos longe de Deus o filho pródigo voltou e deixou que o Pai o sarasse e com ele se alegrasse! Como diz S. Leão Magno, Jesus veio para salvar e libertar o homem do pecado e da morte. Resta-nos, agora, perseverar no Bem e no Seu seguimento. O jugo do Senhor é leve; o do mundo bem pesado e cheio de falsas alegrias, de verdadeiras escravidões.

Desconheço o livro por ti referido, do Padre Mário. Hei-de procurá-lo... Obrigada pela sugestão!

Por falar em Via-Crucis, há tempos fiz uma em PPT. Está aqui no blog, do lado esquerdo.

Um abraço em Cristo e uma santa semana

Mariam disse...

Jorge, uma pergunta (se não quiseres responder, não respondas): que queres dizer com o teu «encontro com a Arquitectura»?

Jorge disse...

Agradeço desde já a tua preocupação em relação ao poder comprometer-me; compreendo o teu ponto de vista, mas enfim eu penso como diz Jesus num dos envagelhos, nada do que é oculto permanece oculto para sempre.
Por isso não faço secredo do meu passado adolescente de metaleiro, nem do meu gosto pela história e atracção (em tempos) talvez romântica e sonhadora por alguns pensamentos gnósticos e volto a frisar alguns...é simplesmente a verdade, faz parte dos meus anos de existência=)
Mas compreendo e agradeço a tua preocupação=)

Se quiseres mesmo ler o livro do Padre Mário e tiveres problemas em encontra-lo diz-me que eu arranjo-te.

Sobre o meu encontro com a Arquitectura não tenho problema em contar,talvez seja é um pouco complicado contar aqui por poucas palavras.
Vou tentar ser breve e claro, eu não fui para Arquitectura porque era o meu sonho de criança e sempre sonhei ser Arquitecto. Simplesmente eu fui um bom aluno durante no secundário e terminei o 12ºano com uma média de 18.35, como andava em artes, enfim pensava seguir pintura, mas depois um misto de pseudo-consciência da necessidade de uma profissão mais estável e melhor renumerado que pintor( o que é não bem verdade pelo que sei hoje em dia) e por outro lado inspirado por figuras como Miguel Ângelo e Leornado...
Resumindo a minha ida para a Faculdade de Arquitectura e para o curso de Arquitecto foi em certa medida casual.
Entrei na faculdade e com mais ou menos dificuldade fez os anos e todas as cadeiras ( como foi acontecendo nos outros anos posteriores)
Mas no terceiro ano começo realmente a questionar a
minha vocação enquanto arquitecto, pois o curso de arquitecto é uma especie de iniciação em que uma pessoa vai ter de abdicar de muitas coisas. Se fosse numa conversa mais particular desenvolveria esta parte.
Bem no 3ºano acontece duas coisas uma claramente acadêmica que curiosamente me levou de regresso para o catolicismo, o encontro com o prof. de Teoria da Arquitectura Arq. Pedro Abreu e uma mais pessoal e arquitectónica num fim de tarde de duvidas em que entrei pela primeira vez no edifício moderno que mais me marcou e onde tive um momento digamos mais espiritual. Não sei se conheces a Igreja do Sagrado Coração de Jesus em Lisboa, projecto de autoria dos arquitectos Nuno Teotónio Pereira e Nuno Portas.

Bem tenho a sensação que não consegui responder verdadeiramente á tua questão mas tentei no que me foi possivel aqui.

Mariam disse...

Jorge,

(Comentário já publicado, mas alterado)

Assim muito brevemente, espero conseguir dizer aquilo que tenho em mente. Concordo plenamente contigo. Nada há de oculto que não venha a revelar-se. Daí que nada melhor do que a simplcidade, de viver o presente com a consciência da presença de Deus, na Sua Luz. Mas também é verdade que, os que andam nas trevas, têm o "condão" de ver mal em tudo, deturpando a simplicidade e espotaneidade dos outros (até sem querer).

Como bem demonstraste Deus serve-se das Suas criaturas, das Suas obras, para nos aproximar de Si... Apesar de ter vivido em Lisboa (pouco tempo, o tempo em que estudei no Conservatório Nacional), nunca fui, infelizmente, à Igreja do Sagrado Coração de Jesus. Ía mais à Igreja do Loreto (e também, embora menos, às outras duas no Chiado) e à de Nossa Senhora das Mercês. A Igreja do Loreto, a primeira vez que lá entrei, fascinou-me por estar sobre o altar o Santíssimo Sacramento exposto; melhor, Ele é que me fascinou.

Já deu para perceber que tens muito gosto pelo que fazes, pela Arquitectura, o que é indispensável para a realização pessoal. Porém, não me parece que a profissão seja tudo (embora seja verdade que muitas pessoas dedicam toda a sua vida exclusivamente à profissão, o que me custa a entender sou-te franca; a não ser aqueles que dão a sua vida por causa do Evangelho, por amor ao Reino dos Céus, por uma Causa Maior). Em primeiro lugar está o Autor de tudo, etc. E isto já sabes, penso eu.

Em relação ao livro do Padre Mário, logo que me seja possível (tenho andado muito aterefada)irei, se Deus quiser, a uma livraria que, de certeza, o terá. Depois digo-te qualquer coisa.

Para além dos meus contactos, acontece, por vezes, alguém que me descobre aqui no blog e que dá notícias (pois o meu e-mail está no perfil). Não há exclusivismos. Por isso, estás à vontade.

Que o Divino Espírito Santo sempre te ilumine para que ponhas a render os dons que o Senhor te concedeu, na Sua imensa bondade e omnisciência, para que tudo seja para louvor da Sua glória.

A-Deus...

Dulce Gomes disse...

Olá Mariam
No meu cantinho tens uns selinhos para o teu blog. Aceita-os com ou sem regras como uma forma singela de te dizer obrigada pela nossa caminhada conjunta e com Jesus
Bom ano cheio de luz.
Dulce