quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Arcanjos S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael, intercedei por nós!

Das Homilias de São Gregório Magno, papa, sobre os Evangelhos (Hom. 34, 8-9: PL 76, 1250-1251) (Sec. VI)

A palavra «Anjo» designa a sua função, não a sua natureza. Deveis saber que a palavra «Anjo» designa uma função, não uma natureza. Na verdade, aqueles santos espíritos da pátria celeste são sempre espíritos, mas nem sempre se podem chamar Anjos. Só são Anjos quando exercem a função de mensageiros. Os que transmitem mensagens de menor importância chamam-se Anjos; os que transmitem mensagens de maior transcendência chamam-se Arcanjos. Esta é a razão pela qual à Virgem Maria não foi enviado um Anjo qualquer mas o Arcanjo Gabriel; de facto, era justo que para esta missão fosse enviado um Anjo superior, porque vinha anunciar a maior de todas as mensagens. É pela mesma razão que se lhes atribuem nomes particulares, que designam a missão respectiva que desempenham. Na santa cidade do Céu, onde a visão de Deus omnipotente dá um perfeito conhecimento de tudo, não precisam de nomes próprios para se distinguirem uns dos outros; mas quando vêm realizar alguma missão junto dos homens, são conhecidos pelo nome da função que exercem. Assim, Miguel significa «Quem como Deus?»; Gabriel, «Fortaleza de Deus»; e Rafael, «Medicina de Deus». Quando se trata de realizar algum mistério que exige um poder especial, verifica se que é Miguel o enviado, para dar a entender, pela sua acção e pelo seu nome, que ninguém pode actuar como Deus. Por isso aquele antigo inimigo, que pela sua soberba pretendeu ser semelhante a Deus, dizendo: Subirei até ao céu, levantarei o meu trono acima dos astros do céu e serei semelhante ao Altíssimo, será abandonado a si mesmo no fim do mundo e condenado ao extremo suplício. É este que São João no Apocalipse nos apresenta a combater contra o Arcanjo Miguel: Travou-se um combate no Céu contra o Arcanjo Miguel. A Maria foi enviado Gabriel, que significa «Fortaleza de Deus», porque veio anunciar Aquele que, apesar da sua aparência humilde, havia de triunfar sobre os poderes superiores. Convinha, de facto, ser anunciado pela «Fortaleza de Deus» Aquele que vinha ao mundo como Senhor dos Exércitos e poderoso das batalhas. Rafael, como dissemos, quer dizer «Medicina de Deus», como se compreende na missão que teve junto de Tobias: tocou lhe os olhos como um médico e dissipou as trevas da sua cegueira. Por isso, aquele que foi enviado para curar, é chamado «Medicina de Deus».

domingo, 26 de setembro de 2010

A linguagem do corpo (por Christopher West)


Para todos: catequistas, pais, jovens, casais, celibatários, etc. 




segunda-feira, 13 de setembro de 2010

13 de Setembro: a quinta Aparição

Das «Memórias da Irmã Lúcia» (pp. 169 - 171):

Dia 13 de Setembro de 1917 - ao aproximar-se  a hora, lá fui, com a  Jacinta e o Francisco, entre numerosas pessoas que a custo nos deixavam andar. As estradas estavam apinhadas de gente. Todos nos queriam ver e falar. Ali não havia respeito humano. Numerosas pessoas, e até senhoras e cavalheiros, conseguindo romper por entre a multidão que à nossa volta se apinhava, vinham prostrar-se, de joelhos, diante de nós, pedindo que apresentássemos a Nossa Senhora as suas necessidades. Outros, não conseguindo chegar junto de nós, chamavam de longe:

- Pelo amor de Deus! peçam a Nossa Senhora que me cure meu filho, que é aleijadinho!
Outro:
- Que me cure o meu, que é cego!
Outro:
- O meu, que é surdo!
- Que me traga meu marido...
- ... meu filho, que anda na guerra!
- Que me converta um pecador!
-Que me dê saúde, que estou tuberculoso!

Etc., etc.
Ali apareciam todas (as) misérias da pobre humanidade. (...) Chegámos, por fim, à Cova da Iria, junto da carrasqueira e começámos a rezar o terço com o povo. Pouco depois, vimos o reflexo da luz e a seguir Nossa Senhora sobre a azinheira.

- Continuem a rezar o terço, para alcançarem o fim da guerra. Em Outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, S. José com o Menino Jesus para abençoarem o Mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda; trazei-a só durante o dia.

- Têm-me pedido para Lhe pedir muitas coisas: a cura de alguns doentes, dum surdo-mudo.

- Sim, alguns curarei; outros não. Em Outubro farei o milagre, para que todos acreditem.

E começando a elevar-se, desapareceu como de costume.


Reflexão

Dos «Apelos da Mensagem de Fátima» (pp. 143 - 150):

«Continuem a rezar o Terço, para alcançarem o fim da guerra» (Nossa Senhora, 13 de Setembro de 1917).

A Mensagem pede que continuemos a rezar o Terço, que é a fórmula de oração que está mais ao alcance de todos, grandes e pequenos, ricos e pobres, sábios e ignorantes; todas as pessoas de boa vontade podem diariamente rezar o seu Terço.

Mas porque é que a Mensagem nos pede para continuarmos a rezar todos os dias o nosso Terço? Porque a oração é a base de toda a vida espiritual: se abandonarmos a oração, vem-nos a faltar aquela vida sobrenatural que é haurida no encontro da nossa alma com Deus, porque este encontro realiza-se na oração. Vede o que Jesus Cristo recomendou: «Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois, quem pede recebe e quem procura encontra; e ao que bate abrir-se-á» (Mt 7, 7-8). A oração é procura e encontro com Deus. Nós precisamos de procurar Deus para O encontrarmos, e a promessa lá está: «Quem procura encontra». Não é que Deus esteja longe de nós; nós é que nos afastamos de Deus e perdemos o sentido da Sua presença. Por isso, a Mensagem pede-nos a perseverança na oração, ou seja, que continuemos a rezar, para alcançar o fim da guerra.

Por certo que, no momento, a Mensagem referiu-se à guerra mundial que então afligia a humanidade. Mas esta guerra é também o símbolo de muitas outras guerras que nos cercam e das quais precisamos de conseguir o fim, com a oração e o nosso sacrifício. Penso nas guerras que nos movem os inimigos da nossa salvação eterna: o Demónio, o mundo e a nossa própria natureza carnal. (...)

Além das tentações do Demónio, temos as tentações do mundo que nos rodeia, sugestiona e ilude. Muitas vezes somos iludidos e enganados pelas vozes do mundo.

O mundo fala-nos de vaidades, riquezas, honras, modas, etc. Levados por estas vozes, queremos subir, parecer bem, atrair as atenções, ver-se cumulado de honras, possuir riquezas, passar por sábios, ocupar os primeiros lugares, mesmo à custa da justiça e da caridade. (...)

Como o Demónio e instigado pelos Demónios, o mundo rodeia-nos de inveja, ciúmes e ódio: «Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, Me aborreceu a Mim. Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes Eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece» (Jo 5, 18-19).

Deixai que vos repita, em palavras minhas, o que diz a Mensagem: Continuai a rezar, para conseguirdes a paz, para alcançardes vitória sobre as tentações e as perseguições. (...)

Por isso, nos diz a Mensagem: Continuai a rezar o Terço para alcançar o fim da guerra.

domingo, 12 de setembro de 2010

«Procurá-l'O, encontrá-l'O, conhecê-l'O, amá-l'O»


Dos escritos de S. Josemaria Escrivá:

A vida interior robustece-se com a luta nas práticas diárias de piedade, que deves cumprir – mais ainda: que deves viver! – amorosamente, porque o nosso caminho de filhos de Deus é de Amor. (Forja, 83)

Neste esforço por nos identificarmos com Cristo, costumo falar de quatro degraus: procurá-lo, encontrá-lo, conhecê-lo, amá-lo. Talvez pareça que estamos na primeira etapa... Procuremo-lo com fome, procuremo-lo dentro de nós com todas as forças! Se o fizermos com este empenho, atrevo-me a garantir que já O encontrámos e que já começámos a conhecê-lo e a amá-lo e a ter a nossa conversa nos céus.

Procura cingir-te a um plano de vida com constância: alguns minutos de oração mental; a assistência à Santa Missa, diária, se te é possível, e a Comunhão frequente; o recurso regular ao Santo Sacramento do Perdão, ainda que a tua consciência não te acuse de qualquer pecado mortal; a visita a Jesus no Sacrário; a recitação e a contemplação dos mistérios do terço e tantas outras práticas excelentes que conheces ou podes aprender. (...)

Não te esqueças também de que o que é importante não é fazer muitas coisas; limita-te com generosidade àquelas que possas cumprir no dia-a-dia, quer te apeteça quer não. Essas práticas conduzir-te-ão, quase sem reparares, à oração contemplativa. Brotarão da tua alma mais actos de amor, jaculatórias, acções de graças, actos de desagravo, comunhões espirituais. E tudo isto, enquanto te ocupas das tuas obrigações: ao pegar no telefone, ao subir para um meio de transporte, ao fechar ou abrir uma porta, ao passar diante de uma igreja, ao começar um novo trabalho, ao executá-lo e ao concluí-lo. Referirás tudo ao teu Pai Deus. (Amigos de Deus, 300 e 149)


Fonte: OPUS DEI

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Natividade de Maria Santíssima



Que a Santíssima Virgem Maria - neste dia da Sua Natividade - visite amorosamente e maternalmente todos quantos desejam seguir fielmente as pegadas do Redentor, segundo a Vontade de Deus; os cubra com o Seu manto imaculado de Mãe e os conduza até à eternidade... Amen.

Só dizendo «sim» a Deus, como Maria,
encontraremos a felicidade aqui e eterna.

Nossa Senhora Menina...


Este título mariano deriva da festa celebrada hoje, que é o nascimento da Santíssima Virgem Maria. Por amor a humanidade, o Criador quis enviar o seu Filho, encarnado como pessoa humana para redimir o pecado da Terra. Para ser a mãe terrena do seu Filho, escolheu Maria, e preparou seu nascimento.

A família escolhida foi a de Joaquim, um justo e próspero judeu, obediente à Lei mosaica. Sua esposa era Ana, mulher judia íntegra, humilde e com todas as qualidades espirituais necessárias. Este casal, já com idade avançada, não tinha ainda sido abençoado com um filho, por isso julgavam-se estéreis. Foi este o lar escolhido para a ação da Providência Divina de modo que a Virgem Maria nascesse.

Tudo o que se tem narrado sobre a infância da Mãe de Deus, vem da tradição oral cristã, e dos escritos da época, que não fazem parte do Evangelho. Exceto o que está no Evangelho de São Mateus. Nele explica que a infância de Maria foi acompanhada de infinitas graças concedidas por Deus, para evidenciar "quão grande ela seria daqui por diante".

Pela tradição, aos três anos de idade Maria foi entregue para viver com as outras virgens nos apartamentos do Templo. Em seguida os pais concluíram seu voto e ofereceram seu sacrifício conforme a lei, voltando para casa. Nos catorze anos que alí esteve Maria ficou sob os cuidados do Senhor, para ser preservada de todas as tentações do mal. Ao final destes anos Maria tinha a beleza da alma abundante de todos os dons.

As imagens que representam a Nossa Senhora Menina, ou Criança são incontáveis Em algumas está só rodeada pelos anjos, em outras ladeada pelos pais, Sant'Ana e São Joaquim, ou então com um deles. Mas todas mostram Maria que segura na mão seu livro da lei. Tudo para indicar a posição de educadores dos pais, na preparação da escolhida para ser a Mãe de Deus.

O culto mariano faz parte da tradição dos fieis oficializado pela Igreja, tanto do Oriente como do Ocidente. Maria é e será venerada por todos os séculos, porque Ela é a estrada que conduz à Cristo, o único caminho para o Reino de Deus. Os cristãos, a homenageiam com uma infinidade de títulos, para celebrar sua valorosa participação no Mistério de Deus.


Fonte: Paulinas