sábado, 22 de maio de 2010

Veni, Sancte Spiritus!


O amor de Deus é fogo que inflama

«No Antigo Testamento mandara Deus que o fogo ardesse sempre no seu altar. "O fogo no altar deve estar sempre aceso" (Lv 6, 12). São Gregório diz serem os nossos corações os altares de Deus nos quais  o fogo do amor divino deve arder sempre. Por isto não bastou ao eterno Pai mandar-nos Seu Filho Jesus Cristo que nos remisse por Sua morte: mas também quis dar-nos o Espírito Santo para morar nos nossos corações e os abrasar continuamente com Sua caridade. O próprio Jesus Cristo nos afirma que veio à terra para inflamar os nossos corações com este fogo santo e que nada tanto deseja como ver que arda em chamas: "Vim lançar fogo à terra e que quero senão que se acenda?" (Lc 12, 49). Esquece as ofensas e a ingratidão que recebeu dos homens na terra e, tendo subido ao céu, manda-nos o Espírito Santo. Assim, pois, nos amais, ó amável Redentor, na Vossa glória tanto quanto na vossa ignomínia e paixão.

Por isso o Espírito Santo desceu na forma de línguas ardentes no cenáculo sobre os discípulos. Pela mesma razão a Santa Igreja nos manda rezar: "Rogamo-Vos, Senhor, que o Espírito Santo nos inflame em aquele fogo que Nosso Senhor Jesus Cristo lançou a esta tera  e que deseja ver arder grandemente". Este santo fogo abrasava os santos para praticar feitos por Deus: amar os inimigos, desejar humilhaçõess, desapegar-se de todos os bens desta terra, suportar os tormentos do martírio e até a morte com alegria.

O amor não pode estar ocioso; nunca diz: Basta. Quanto mais uma alma amante de Deus faz, tanto mais vivo torna-se seu desejo de trabalhar mais ainda para merecer Sua complacência e Seu amor. Este fogo os inflama na oração contemplativa: "Quando contemplava, acendeu-se em mim o fogo" (Sl 38, 4). Querendo, pois, abrasar-nos no amor de Deus, devemos amar a oração contemplativa por ser a fornalha que em nós faz arder o fogo do amor divino.»   - Sto. Afonso Maria de Ligório


sexta-feira, 14 de maio de 2010

Viva o Papa!



Viva o Papa!!! Eis o grito eufórico de tantos jovens e adultos que entusiasmadamente se fizeram ouvir no recinto do Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

Tive a oportunidade de ver várias vezes o Santo Padre, bem próximo até, nomeadamente, no dia 12, na Capelinha das Aparições, onde eu, como catequista, estava a acompanhar os meus catequizandos no momento do acolhimento ao Santo Padre pelas crianças da Paróquia de Fátima. Foi um  momento emocionante, aquele em que os os meus olhos puderam contemplar o sucessor de Pedro e os meus ouvidos puderam escutar a oração - e consagração - que o nosso supremo pai na fé pronunciou de joelhos no altar, diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima, ao Coração Imaculado de Maria. Passo a transcrevê-la:

Santo Padre:

Senhora Nossa
e Mãe de todos os homens e mulheres,
aqui estou como um filho
que vem visitar sua Mãe
e o faz na companhia
de uma multidão de irmãos e irmãs.
como sucessor de Pedro,
a quem foi confiada a missão
de presidir ao serviço
da caridade na Igreja de Cristo
e de confirmar a todos na fé
e na esperança,
quero apresentar ao vosso
Coração Imaculado
as alegrias e esperanças
e também os problemas e as dores
de cada um destes vossos filhos e filhas,
que se encontram na Cova da Iria
ou nos acompanham de longe.

Mãe amabilíssima,
Vós conheceis cada um pelo seu nome,
com o seu rosto e a sua história,
e a todos quereis com
a benevolência maternal
que brota do próprio coração de Deus Amor.
A todos confio e consagro a Vós,
Maria Santíssima,
Mãe de Deus e nossa Mãe.

Cantores e assembleia:

Nós Te cantamos e aclamamos, Maria. (v. 1)

Santo Padre:

O Venerável Papa João Paulo II,
que Vos visitou três vezes, aqui em Fátima,
e agradeceu a «mão invisível»
que o libertou da morte
no atentado de treze de Maio,
na Praça de São Pedro, há quase trinta anos,
quis oferecer ao Santuário de Fátima
uma bala que o feriu gravemente
e foi posta na vossa coroa de Rainha da Paz.
É profundamente consolador
saber que estais coroada
não só com a prata
e o oiro das nossas alegrias e esperanças,
mas também com a bala
das nossas preocupações e sofrimentos.

Agradeço, Mãe querida,
as orações e os sacrifícios
que os Pastorinhos
de Fátima faziam pelo Papa,
levados pelos sentimentos
que lhes infundistes nas aparições.
Agradeço também todos aqueles que,
em cada dia,
rezam pelo Sucessor de Pedro
e pelas suas intenções
para que o Papa seja forte na fé,
audaz na esperança e zeloso no amor.

Cantores e assembleia:

Nós Te cantamos e aclamamos, Maria. (v. 2)

Santo Padre:

Mãe querida de todos nós,
entrego aqui no vosso Santuário de Fátima,
a Rosa de Oiro
que trouxe de Roma,
como homenagem de gratidão do Papa
pelas maravilhas que o Omnipotente
tem realizado por Vós
no coração de tantos que peregrinam
a esta vossa casa maternal.

Estou certo que os Pastorinhos de Fátima,
os Beatos Francisco e Jacinta
e a Serva de Deus Lúcia de Jesus
nos acompanham nesta hora de prece e de júbilo.


Cantores e assembleia:

Nós Te cantamos e aclamamos, Maria. (v. 5)


Totus tuus, Maria!