quinta-feira, 11 de março de 2010

De injustamente excomungada - a Santa...


O ardente amor a Jesus Cristo desta santa que em breve, dia 17 de Outubro do presente ano, será canonizada pelo Santo Padre Bento XVI, e a busca incessante de cumprir a Vontade do Seu amantíssimo Esposo, fez com que esta mulher fosse alvo de muitas incompreensões, e, desta forma, se configurasse mais com o Servo Sofredor, com o Menino Deus que não pôde nascer na Hospedaria, com o Senhor Crucificado, rejeitado e despojado de tudo... Refiro-me à excomunhão que um Bispo lhe infligiu na flor da idade, tinha ela 29 anos.

Mary destacou-se no meio de tantos "outros" e, precisamente por isso, não ficou impune. Todos sabemos que quem se destaca, quem sobressai por suas virtuosas qualidades estimula, muitas vezes, senão mesmo sempre, a maldade, o ódio, a inveja e todos esses baixos sentimentos presentes no coração daqueles que, renegando a Verdade - Jesus Cristo e o Seu seguimento - se deixam conduzir pelo espírito mundano. Porém, não esqueçamos que, como diz S. Paulo, «tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus», TUDO: todos os sofrimentos, tudo aquilo que de forma inesperada nos acontece, como o sofrimento, em todas as suas formas... A seguir ao Inverno vem a Primavera! Depois da tempestade vem a bonança, depois da degraça, a Graça, depois da morte, a Vida e a certeza da eterna ressurreição!

«Aquela que será a primeira santa australiana, conhecida pelos contemporâneos como Madre Maria da Cruz, deixou obra no campo da educação e trabalho com os mais pobres e já era, para os crentes do seu país, e de outros lugares para onde o seu exemplo se expandiu, uma "santa do povo". Quando morreu, em 1909, aos 67 anos, os choques com a hierarquia eram passado e o então arcebispo de Sydney, cardeal Patrick Moran, saudou-a como santa. Na semana passada, depois de ter dado como provados os necessários milagres para a canonização, Roma, pela voz do Papa Bento XVI, concordou.

Filha de emigrantes escoceses, mais velha de oito irmãos, Mary Helen nasceu nos subúrbios de Melbourne em 1842. Aprendeu em escolas privadas, mas também com o pai, que tinha estudado para padre. Aos 16 anos, para ajudar a família, que inicialmente prosperou na Austrália, mas a quem a vida se tinha tornado difícil, começou a trabalhar como explicadora e a ensinar numa escola católica para raparigas.

Em 1866, ano em que completou 24 anos e se tornou freira, abriu a primeira escola num bairro pobre de Penola, incentivada pelo padre e cientista Julian Tenisson Woods, que precisava de ajuda para a educação religiosa das crianças da sua vasta paróquia. A afluência de jovens raparigas levou a que ambos fundassem a Congregação das Irmãs de São José do Sagrado Coração. Em quatro anos, as "josefinas" abririam 34 escolas, mas também centros de acolhimento e orfanatos no Sul da Austrália.

Insubordinação

Desentendimentos sobre matérias educativas, vistos como desobediência pelo bispo de Adelaide, Laurence Sheil, que apadrinhara a criação da congregação, levaram-no a excomungar Mary MacKillop, por insubordinação, em Setembro de 1871. Foram momentos complicados: a maior parte das escolas fechou, as Irmãs de São José quase se dissolveram.

Mas meses depois, em Fevereiro do ano seguinte, a poucos dias de morrer, Sheil revogou a pena. E no ano seguinte, Mary obteve aprovação do Papa Pio IX para a existência da congregação. Só que os conflitos com a hierarquia da Igreja australiana não tinham ainda terminado: ficou também conhecida, nos anos 1880, uma desavença com o então bispo Christopher Reynolds, que lhe ordenou que deixasse a diocese de Adelaide devido a desentendimentos sobre a tutela de escolas e instituições de caridade. Seria de novo um Papa, Leão XIII, a tomar o partido de uma mulher descrita como carinhosa mas determinada, com um enorme amor pelo próximo e grandes olhos azuis como traço físico mais marcante.» - in Publico.pt

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2 comentários:

Dulce Gomes disse...

Olá minha querida Mariam. Mais uma vez te visito e vou mais rica.
Desconhecia esta mártir, penso que a podemos chmar assim. Tens razão quando dizes que sempre que alguém se destaca no seguimento de Jesus, não fica impune à maldade do que os renegam. Ainda hoje, nos nossos dias, assim continua. Mas o amor do Pai tudo vence.
Um beijinho do coração.
Deus te abençõe

Mariam disse...

Amiga Dulce,

Deus te abençoe também a ti e a todos os teus! E que Deus nosso Senhor fortaleça todos aqueles que desfalecem e desanimam no Caminho!

Abraço em Cristo