sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Santo e Feliz Natal!



Hoje é dia de festa, de júbilo e gratidão a Deus por se fazer um de nós, por nos dar Seu Filho, por desejar fazer uma nova e eterna aliança connosco e nos revelar, de modo radical, o Seu infinito Amor por nós, por cada um de nós. Porém, muitos não o querem receber, recusam todos os apelos que o Senhor constantemente lhes faz fechando-Lhe as portas do coração como outrora os habitantes de Jerusalém que recusaram hospedar a Santíssima Virgem - com Jesus no Seu ventre - e S. José; como, na pior das hipóteses, Herodes a querer destruir a graça operante do Espírito, a procurar com todas as forças e de modo violento arruinar tudo o que é sagrado, aniquilar a presença de Deus em todas as Suas manifestações e de modo particular a Sua presença viva e real.

Mas, graças a Deus, também muitos o querem acolher em seu coração. Como a Santíssima Virgem Maria O querem "dar à Luz" num mundo envolto em trevas e sedento de justiça e santidade; O querem ver e adorar como os pastores ou os Magos e oferecer o dom gratuito de suas vidas.

«Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho, chamado Emanuel», Deus Connosco.

O Verbo se faz carne, Deus se faz homem, em tudo igual a nós excepto no pecado. Ao vir, faz a experiência da nossa humanidade para viver - como homem - o mistério da incompreensão humana, do sofrimento e da dor, e para um dia - na Sua suprema hora - dar a vida por todos nós, salvando-nos do poder do pecado e da morte... Eis a Sua missão como enviado do Pai: salvar-nos, remir-nos com o Seu preciosíssimo Sangue.

Como outrora no seio de Maria, o Verbo encarnou pelo poder do Espírito Santo, fez-se carne, fez-se homem. Mas, a cada instante o Pai gera o Verbo no nosso coração, pelo Amor do Espírito; e assim acontece desde toda a eternidade, numa reciprocidade de amor eterno, e assim sucederá para sempre, pelos séculos sem fim. A Trindade unida a nós!..., em nós... connosco: DEUS CONNOSCO. E hoje Ele quer nascer de modo particular... Ele veio, vem e virá como LUZ para iluminar aqueles lugares mais sombrios, mais obscuros de nossas vidas.. Vem para iluminar, sarar e remir, vem para santificar. «Veio para o que era Seu e os Seus não O receberam. Mas, a quantos O receberam, aos que n'Ele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus» (Jo 1, 11-12), participantes da vida Divina, co-herdeiros com Cristo, eleitos de Deus, nação santa destinada à Vida eterna em Deus.

Se já fomos salvos pela Graça, pelo dom do Baptismo e dos Sacramentos que jorram do Coração de Jesus Cristo nosso Salvador, então, irmão e irmã, te peço: não desprezes o dom que te foi oferecido, caminha na Luz e fixa-te em JESUS: espelho puríssimo da Divindade, Sol de Justiça que não tem ocaso, fonte de Amor infinito a jorrar por toda a eternidade!...

Santo Natal para todos e um ano 2010 pleno das graças e bênçãos do nosso Amado Deus e Senhor!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Deus, Caritas est!






Para os que deturpam a imagem de Deus ou, para os que se sentem confusos, eu, como cristã, católica, apostólica e romana, afirmo e reafirmo: DEUS CARITAS EST! Deus sempre foi, é e será Amor e só Amor Misericordioso!

Deus é relação! Relação de Três Pessoas Divinas que formam uma indissolúvel unidade de Amor! Nós, quando nascemos, nascemos para ser em relação, relação com Deus e com os irmãos! Deus é Pai em relação ao Filho, o Filho só é filho em relação ao Pai, o Espírito Santo é o Amor que os une, entra na relação. Deus é Pai em relação a nós, no sentido de que nós somos filhos no Filho. Não somos escravos, mas filhos e co-herdeiros com Cristo! N'Ele recebemos a redenção dos pecados, ou seja, a libertação de tudo o que aliena e escraviza o ser-humano para gozarmos da suave e gozosa liberdade de filhos de Deus!

Deus criou-nos para a FELICIDADE! O homem, na sua desobediência é que rejeita a Deus; no seu orgulho, se deixa cegar; na sua auto-suficiência, traça caminhos de ruína e de perdição. Uma vez mais afirmo: Não é Deus que rejeita o homem! Deus é um Ser Perfeito, por isso é DEUS! Não venham mentes deturpadas e doentes, como a de José Saramago, tentar confundir as mentes dos menos esclarecidos. "De Deus não se zomba"! Ele está a brincar com coisas muito sérias! Penso que se deve sentir muito afectado por Deus, muito incomodado... Está a querer inventar um Deus com os defeitos dele, com aquilo que ele se qualifica, ou melhor desqualifica... Pretende derrubar Deus da Sua altura, desfigurar o mais belo dos Filhos dos Homens, Jesus Cristo nosso Senhor, espelho imaculado de Deus Pai.

Senhor, Misericórdia!

domingo, 11 de outubro de 2009

S. Rafael Arnáiz Barón, rogai por nós!



Sua Santidade, o Papa Bento XVI canonizou hoje o Beato - agora santo - Rafael Arnáiz Barón! «Entre os novos Santos está o padre Damião de Veuster, conhecido como apóstolo dos leprosos e a religiosa francesa Maria da Cruz (Joana, nome civil) Jugan, fundadora da Congregação das Irmãzinhas dos Pobres.

Os outros fiéis canonizados foram Francisco Coll y Guitart (Espanha), sacerdote Dominicano, fundador da Congregação das Dominicanas da Anunciação da Bem-aventurada Virgem Maria; Zygmunt Szczesny Felinski (Polónia), Arcebispo, fundador da Congregação das Religiosas Franciscanas da Família de Maria; e Rafael Arnáiz Baron (Espanha), monge da Ordem Cisterciense da Estrita Observância (Trapista), que faleceu aos 27 anos, vítima de um coma diabético. É considerado um dos grandes místicos do século XX» (Agência Ecclesia).

Tenho uma particular simpatia por S. Rafael Arnáiz, pelo Seu Amor ardente a Jesus Cristo e à Santíssima Virgem Maria. Verdadeiramente: um enamorado de DEUS, seu Único Tudo!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Il mio cuore cerca il Tuo Volto, la Preghiera del Cuore_4ª Parte

Il mio corpo,
luogo di incontro col Verbo
e tempio dello Spirito
Spesso ci si limita a considerare la «preghiera del cuore» come una espressione simbolica. Parlare del cuore sarebbe un modo immaginifico di evocare una realtà interiore, tutta spirituale.
Ma non è esatto. Tutti i moti del cuore, supporto alla nostra relazione con il Padre, sono moti legati al nostro essere sensibile, materiale. L’esperienza ci insegna, talvolta anche con rischio per la salute, che le emozioni veramente profonde toccano anche il nostro cuore fisico.
E’ pertanto impossibile entrare nella preghiera del cuore se non accettiamo di vivere in maniera cosciente e decisa a livello del nostro corpo.
Dio ci ha fatti così. Il racconto della Genesi ci mostra che Yahvè ha modellato l’uomo a partire dal fango della terra e afferma con grande sicurezza che questo essere materiale è veramente a sua immagine e somiglianza.
Il nostro corpo non è dunque un ostacolo alla nostra relazione con Dio. Al contrario, esso è l’opera stessa di Dio che ha costituito proprio noi come figli, chiamati a ricevere lui in eredità.
In tale prospettiva ci colloca anche tutta l’economia dell’incarnazione del Figlio di Dio. La Chiesa dei primi secoli si è battuta in modo accanito per difendere questa realtà ossia che Gesù è veramente un uomo. Nella carne lui è nato, nella carne è vissuto, ci ha istruito, ha sofferto, è morto e risuscitato.
Sono le opere umane del Verbo di Dio a darci la vita giorno dopo. La parola di Dio viene a noi con espressioni umane. Il nostro peccato non viene purificato in maniera simbolica, ma proprio con l’effusione del sangue che sgorga dal corpo di Gesù. Lui è veramente morto e resuscitato nella carne. Ed è proprio questa resurrezione materiale che salva sia le nostre anime che i nostri corpi.
E da ultimo, lo Spirito ci è stato donato soltanto a partire dalla resurrezione corporale del Figlio. E’ lui, il figlio di Maria, che ci manda lo Spirito dal seno del Padre. Non è il Verbo increato, ma il Verbo incarnato, dopo che ha condiviso la nostra esistenza ed è divenuto uno di noi. Oni giorno noi facciamo esperienza di questa incarnazione attraverso i sacramenti, la liturgia, la vita di comunità, l’appartenenza al Corpo della Chiesa. Tutto questo è il fondamento diretto della realtà corporale di Cristo e la sua presenza nelle nostre vite.
Sappiamo accogliere Gesù così come egli viene a noi, cioè rivolgendosi a noi nel nostro corpo. Non affrettiamoci a sbarazzarci troppo presto di questo intermediario che spesso tendiamo a considerare un po’ come un’impurità nelle nostre relazioni con Dio. Non è vero, esso non è un’impurità, anzi è il luogo stesso del nostro incontro col nostro Abbà.
Ci sarebbe impossibile immaginare la vita di comunità se i nostri fratelli fossero degli esseri disincarnati, dei puri spiriti, da raggiungersi al di là degli involucri carnali. Allo stesso modo sarebbe rifiutare la realtà dell’amore di Dio il voler fare astrazione dalla realtà carnale, materiale, greve, del Figlio che viene a noi.
L’Eucaristia che noi celebriamo ogni giorno è veramente la celebrazione di un atto che ha comportato alcune trasformazioni profonde nel suo corpo e nel suo sangue, non perché li ha messi tra parentesi o superati, ma perché ha dato loro pieno senso; costituiscono una realtà materiale che è il Figlio di Dio.
Allo stesso modo il nostro corpo, con tutti i suoi gravami, i suoi limiti, le sue costrizioni è la nostra realtà, quello che siamo noi. E’ proprio il corpo mio che entra in contatto con quella realtà di cui Gesù ha detto: «Questo è il mio corpo».
E’ l’incontro di queste due realtà corporali che stabilisce il contatto di vita tra Dio e me. «Se non mangerete il mio corpo e non berrete il mio sangue, non avrete la vita in voi... Come il Padre che è vivo mi ha mandato e io vivo per il Padre, ugualmente chi mangia di me vive per me» (Gv 6,57). La conseguenza di questo stato di cose è che non posso pregare senza pregare nel mio corpo. Quando mi rivolgo a Dio, non posso fare astrazione da questa mia realtà incarnata. Allora, quando debbo rivolgermi a Dio, certi gesti imposti e certe cogenti condizioni materiali non sono solo questione di disciplina religiosa. Ciò corrisponde all’unica realtà: Dio mi ama così come mi ha fatto. Perché voler essere più spirituale di lui?
Devo imparare, dunque, a vivere a livello del mio corpo e di tutte le costrizioni che questo mi impone. Cibo, sonno, svago, malattia, la limitatezza delle mie forze... tutto questo non costituisce ostacolo tra me e Dio; al contrario, costituisce la trama del tessuto che stabilisce una ininterrotta continuità tra il più intimo della realtà divina e il più concreto della mia esistenza quotidiana.
Chi di noi non ha fatto l’esperienza, talvolta terribilmente dolorosa, di sentirsi limitato, quasi prigioniero a causa, per esempio, di difficoltà di salute?
Se il nostro cuore è sincero non possiamo che dire questo: è Dio che viene a noi attraverso queste costrizioni dolorose. Esse sono proprio il punto di intersezione dell’amore di Dio nella nostra vita.
Il nostro cuore accoglie Dio proporzionatamente a quanto è attento a questa realtà che noi vorremmo poter considerare inferiore alla nostra vocazione spirituale. Facciamo attenzione a questa menzogna permanente che il Principe della menzogna cerca di istillare così nei nostri cuori. Non giochiamo ai puri spiriti, sappiamo essere molto di più, noi siamo i figli di Dio.
- Un Certosino Fonte: http://www.certosini.org/

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Farisaísmo? Ou a Caridade na Verdade?


















O farisaísmo arrebata a pessoa de Deus,
fere a inocente Caridade,
deixa sombras de preceitos forçados.

A Caridade não esconde a espontaneidade,
não ilude com o engano,
antes expande a própria Verdade.

Por isso: não te deixes arrastar!
Segue Jesus - a eterna Verdade,
em humildade, paz e benignidade!

E todo o teu ser irradiará Luz e Graça,
e serás espelho da perfeita Caridade,
da sempre terna e perene Divindade!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Il mio cuore cerca il Tuo Volto, la Preghiera del Cuore_3ª Parte

La purificazione del cuore,
purificazione di tutto l’essere
attraverso il cuore
Non è necessario avere una lunga esperienza dell’esistenza umana e più ancora della vita spirituale per sapere che siamo prigionieri di un mondo quasi sconfinato di disordini: peccati, squilibri affettivi, ferite non cicatrizzate, abitudini cattive... Tutto questo costituisce impurità per il nostro cuore.
Poco fa dicevamo che il linguaggio del nostro cuore si situa al livello delle emozioni. Tutti i disordini che ho menzionato sfociano in emozioni sregolate; si esprimono quasi a nostra insaputa; ci comandano; ci dilaniano; chiudono la porta a Dio; ci legano a una specie di automatismo del male. E tutto questo viene dal nostro cuore! «Ciò che esce dalla bocca proviene dal cuore ed è questo che inquina l’uomo. Dal cuore infatti procedono cattivi pensieri, omicidi... queste sono le cose che inquinano l’uomo» (Mt 15,18‑20). Se voglio liberare il mio essere dall’immondizia, devo per prima cosa purificare il mio cuore.
Per far fronte a questo bisogno urgente di rettifica, si fa ricorso normalmente a quella che si può chiamare l’ascesi classica. E’ una tecnica sperimentata, messa a punto da lunghe generazioni di monaci, di cristiani, di uomini di buona volontà, decisi a liberarsi dalla schiavitù di cui sono prigionieri.
E’ un impegno che fa ricorso a tutte le risorse della nostra volontà, della nostra energia e della nostra perseveranza, alla luce della fede e dell’amore. Questa ascesi ha i suoi meriti e non bisogna mai smettere di ricorrervi. Ma essa ha anche i suoi limiti.
In particolare, per quanto concerne l’autentica purificazione del cuore, bisogna andare al di là delle tecniche umane. Rileggiamo a questo proposito gli inviti di san Bruno al suo amico Rodolfo:
«Che fare allora, mio caro? Che fare se non credere ai consigli divini, credere alla Verità che non può sbagliarsi? Lei dà questo consiglio a tutti: "Venite a me voi tutti che siete stanchi e affaticati e io vi ristorerò" (Mt 11,28). Non è una pena spaventosa e inutile l’essere tormentati dai desideri, di patire continuamente per affanni e angosce, paura e dolore provocati da questi desideri? Quale fardello è più opprimente di quello che col suo peso abbassa lo spirito dalla posizione della sua sublime dignità verso i bassifondi, in pura ingiustizia?» (A Rodolfo 9).
Dunque la prima forma in assoluto di purificazione è rivolgersi a Gesù, andare da lui per ricevere da lui il conforto. Lui ci rivolge questo invito subito dopo averci domandato di rinunciare a essere sapienti e intelligenti, per diventare piccoli piccoli. Entrare nella via del cuore è riconoscere che la sola purezza vera è un dono di Gesù.
«Prendete il mio giogo sopra di voi e venite dietro di me, poiché io sono mite e umile di cuore, e troverete riposo per le vostre anime» (Mt 11,29).
La purificazione fondamentale si realizza a partire da quando tutte le nostre sozzure, i disordini che ci affliggono si incontrano con Gesù. Non è un compito più facile di quello dell’ascesi classica, ma è più efficace, perché ci obbliga a stabilirci nella verità, la verità di noi stessi, per cui siamo costretti ad aprire gli occhi sulla realtà del nostro peccato; verità su Gesù, che è veramente il Salvatore delle nostre anime non soltanto in modo generale e distante, ma a livello di un contatto immediato con ognuna delle sporcizie da cui siamo afflitti.
Bisogna dunque che io impari ad offrirgli, che impari ad affidargli senza riprendermela più, ogni impurità del mio cuore man mano che essa viene alla luce sia nel gioco delle circostanze, sia per un moto profondo del mio cuore che finalmente vuole ritrovare la sua libertà. Ogni volta che constato in me uno di quei legami che mi paralizzano, la cosa più importante non è di dichiarare guerra a questa schiavitù, poiché, nella maggior parte dei casi, arriverei soltanto a tagliare i rami, senza raggiungere le radici. La cosa più importante è di mettere a nudo le radici, di farle venire alla luce, per quanto brutte, per quanto disgustose siano a vedersi.
Si tratta precisamente di assumerle nella loro realtà e di poterle offrire al Salvatore con un gesto libero e cosciente. In tale prospettiva, l’invocazione classica «Gesù, figlio del Dio vivo, abbi pietà di me peccatore» non corre il rischio di essere una frase fatta. E’ la constatazione, rinnovata senza posa, che sta per avvenire un nuovo incontro tra il cuore purificante di Gesù e il mio cuore tutto macchiato.
E’ evidente che c’è in questo procedimento un elemento di pura psicologia umana, ma questo che cosa ha di sconvolgente? L’opera della grazia non si modella forse sulle strutture della natura? Nel nostro caso, questa diviene il supporto della Redenzione che viene a operare nel mio cuore la trasformazione, la cicatrizzazione delle ferite mediante l’incontro personale col Cristo risorto.
Progressivamente ci si abitua così a ritornare a lui senza posa, movendo specialmente da ciò che in noi è oscuro, tenebroso, inquietante. E’ una disposizione del cuore che all’inizio fa paura.
Ci hanno insegnato per troppo tempo che al Signore non si possono offrire che cose buone, cose belle. Tutto quello che non è atto di virtù non gli può essere offerto. Ma dir questo non è andar in senso contrario alla verità del Vangelo? Gesù stesso afferma che egli non è venuto per i sani, ma per i malati. Bisogna, pertanto, senza falsi pudori, imparare ad essere di fronte al medico celeste come autentici malati, che riconoscono lealmente ciò che in loro è falso, menzognero, contrario a Dio. Lui solo ci può guarire.
- Un Certosino

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Nossa Senhora das Dores

Dos Sermões de S. Bernardo, abade
O martírio da Virgem é recordado tanto na profecia de Simeão como na história da paixão do Senhor. Diz o santo ancião acerca do Menino Jesus: Este foi predestinado para ser sinal de contradição; e, referindo-se a Maria, acrescenta: E uma espada trespassará a tua própria alma.
Na verdade, ó santa Mãe, uma espada trespassou a vossa alma. Porque nunca ela podia atingir a carne do Filho sem atravessar a alma da Mãe. Depois que aquele Jesus – que é de todos, mas especialmente vosso – expirou, a cruel lança que Lhe abriu o lado, sem respeitar sequer um morto a quem já não podia causar dor alguma, não feriu a sua alma mas atravessou a vossa. A alma de Jesus já não estava ali, mas a vossa não podia ser arrancada daquele lugar. Por isso a violência da dor trespassou a vossa alma, e assim, com razão Vos proclamamos mais que mártir, porque os vossos sentimentos de compaixão superaram os sofrimentos corporais do martírio.
Não foi, porventura, para Vós mais que uma espada aquela palavra que verdadeiramente trespassa a alma e penetra até à divisão da alma e do espírito: Mulher, eis o teu filho? Oh que permuta! Entregam-Vos João em vez de Jesus, o servo em vez do Senhor, o discípulo em vez do Mestre, o filho de Zebedeu em vez do Filho de Deus, um simples homem em vez do verdadeiro Deus. Como não havia de ser trespassada a vossa afectuosíssima alma ao ouvirdes estas palavras, quando a sua simples lembrança despedaça o nosso coração, apesar de ser tão duro como a pedra e o ferro?
Não vos admireis, irmãos, de que Maria seja chamada mártir na sua alma. Admire-se quem não se recorda de ter ouvido Paulo mencionar entre as maiores culpas dos pagãos o facto de não terem afecto. Como isso estava longe do coração de Maria! Longe esteja também dos seus servos.
Mas talvez alguém possa dizer: «Porventura não sabia Ela que Jesus havia de morrer?» Sem dúvida. «Não esperava Ela que Jesus havia de ressuscitar?» Com toda a certeza. «E apesar disso sofreu tanto ao vê-l'O crucificado?» Sim, com terrível veemência. Afinal, que espécie de homem és tu, irmão, e que estranha sabedoria é a tua, se te surpreende mais a compaixão de Maria do que a paixão do Filho de Maria? Ele pôde morrer corporalmente e Ela não pôde morrer com Ele em seu coração? A morte de Jesus foi por amor, aquele amor que nenhum homem pode superar; o martírio de Maria teve a sua origem também no amor, ao qual depois do de Cristo, nenhum outro amor se pode comparar.

domingo, 6 de setembro de 2009

Il mio cuore cerca il Tuo Volto, la Preghiera del Cuore_2ª Parte

Vedere col cuore
Quale strada dovremo seguire per giungere a quell’incontro col Padre al quale aspiriamo? Quale facoltà è a nostra disposizione per questo? E’ forse l’intelligenza, la capacità di conoscere e di ragionare? Ascoltiamo la risposta di Gesù: «Ti benedico, Padre, Signore del cielo e della terra, perché hai nascosto queste cose ai sapienti e ai dotti e le hai rivelato ai piccoli. Sì, o Padre, poiché così è piaciuto a te» (Mt 11,25‑26).
Ecco una cosa che ha del sorprendente: la strada è chiusa agli intelligenti, a coloro che sanno pensare e calcolare. Non è a loro che Dio ha deciso di rivelare i suoi segreti.
Ma non è forse stato Dio a darci la testa, la capacità di pensare, di rappresentarci le cose, di immaginarle, come mezzo per entrare in contatto con gli altri? Sì, è vero, queste facoltà ci sono state date da Dio. Sono buone. Sono indispensabili. Noi non le disprezziamo. Non le sottovalutiamo. Ma dobbiamo anche saperne vedere i limiti.
Allorché penso a un problema ‑diciamo più precisamente a una persona molto vicina ‑ e la penso con la testa e non col cuore, la tengo distante da me. La afferro, la manipolo, in modo da poterla analizzare a piacimento, senza compromettermi con lei.
In fondo in fondo, non assumo impegni, mantengo le distanze, conservo la mia sicurezza per rapporto a questa persona. Faccio tutto ciò che posso per conoscerla, ma senza lasciarmi coinvolgere o contaminare dal dinamismo che può promanare dal cuore di questa persona. Voglio rimanere libero nei suoi confronti. In taluni casi questo modo d’agire è forse buono. Se, però, voglio amare, non è certo questa la strada da seguire.
Gesù continua il suo insegnamento: «Tutto mi è stato affidato dal Padre mio e nessuno conosce il Figlio se non il Padre e nessuno conosce il Padre se non il Figlio e colui al quale il Figlio lo voglia rivelare» (Mt 11,27).
«Tutto mi è stato affidato dal Padre». Ciò significa che tra Padre e Figlio sono state abolite tutte le distanze. Nessuno dei due ha cercato di conservare una sicurezza in rapporto all’altro. Hanno accettato di coinvolgersi reciprocamente.
In tal modo possono conoscersi l’un l’altro di quella conoscenza d’amore che è presentata come un mistero cui possono partecipare solo gli iniziati: «Nessuno conosce il Figlio se non il Padre e nessuno conosce il Padre se non il Figlio». Nessuno conosce, perché nessuno apre il suo cuore.
Se vogliamo conoscere il Padre, bisogna accettare di ricevere questa conoscenza del Figlio, nella misura in cui egli vede che il nostro cuore è pronto ad accoglierlo.
Per conoscere veramente Dio, bisogna quindi che io rinunci alle mie sicurezze. Devo eliminare le distanze che il pensiero e ogni sorta di rappresentazione mi permettevano di conservare in rapporto a lui. Devo riconoscere di essere vulnerabile.
Questa vulnerabilità che nascondevo così bene, devo accettarla alla luce del sole, viverla, ossia lasciare che le reazioni vere del mio cuore si esprimano liberamente. Solo così facendo potrò entrare in relazione con il Padre e il Figlio... e tutti gli uomini miei fratelli.
Questo significa, nella realtà concreta, che devo accettare di pormi a livello del cuore, devo dargli il diritto di esistere, di manifestarsi, di esprimersi nel modo che gli è proprio, cioè attraverso sentimenti profondi: fiducia, gioia, entusiasmo, ma ugualmente paura, talvolta angoscia... collera.
Questo non significa vivere a livello della sensibilità superficiale; significa, al contrario, accettare che si sviluppino in noi quei movimenti profondi che ci portano a incontrare l’altro nella verità. Ecco che cosa significa essere «piccolo piccolo»: è colui che si esprime in tutta spontaneità e si lascia prendere dall’amore di colui che gli è davanti. Come ci riesce difficile avere il coraggio di essere piccoli piccoli! Queste riflessioni si situano sia sulla linea del Vangelo che su quella di un processo psicologico normale. Evidentemente i due livelli sono distinti, ma si completano e si compenetrano. Dobbiamo arrivare a cogliere tutto attraverso lo sguardo d’amore che Gesù ha sulle creature e perfino sulle Persone divine.
Ecco che cosa io chiamo «vedere col cuore»: accettare che il Figlio mi riveli il Padre su quel solo piano dove io sono capace di accogliere questa rivelazione, ossia sul piano in cui, secondo il mio essere umano, c’è in me una immagine della relazione d’intimità che esiste tra il Padre e il Figlio: nel mio cuore.
-Un Certosino

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Senhor, afasta-Te de mim, que sou um homem pecador

O Evangelho de hoje transporta-nos para o lago de Genesaré, onde Jesus, no barco de Simão Pedro, se pôs a «ensinar a multidão». Depois, surge aquele interessante episódio, do reconhecimento humilde da condição de Pedro, quando Jesus, apesar do desgaste que eles tinham tido durante toda a noite, e sem fruto algum, o interpela ordenando: «Faz-te ao largo e lançai as redes para a pesca». E uma grande manifestação do poder de Jesus, o enviado do Pai, acontece: a rede enche-se de peixes...
Jesus não age desta forma por acaso, não fica no "humano", mas, a partir do que é "humano" e "material", Ele abre caminho, purifica o olhar interior para o ser humano - finito e limitado - ser mais capaz de descobrir e contemplar o mistério de Deus - infinito, eterno, imensurável...
«Ao ver o sucedido, Simão Pedro lançou-se aos pés de Jesus e disse-Lhe: «Senhor, afasta-Te de mim que sou um homem pecador». - Lc 5, 8

É o grito de alguém que, tocado pela graça santificante de Deus se descobre pequeno, frágil, cheio de misérias, porque, repito, tocado pela graça, pois, sem a Graça Divina o homem permanece cego e obstinado no pecado, não sabe o que é o pecado (ou não quer saber, por vezes) e nem se sente pecador... Mas, quando a Graça - o Espírito do Senhor que é Amor e Misericórdia, esse mesmo Amor que existe desde toda a Eternidade entre o Pai e o Filho, esse Amor que levou Jesus a dar a vida pela salvação de todos, esse Amor oblativo, sacrifical - abraça os recônditos mais profundos do ser-humano, então somos "olhados" amorosamente pelo Senhor Jesus, com esse mesmo olhar que Ele, escarnecido e humilhado pelos que o recusavam aceitar como Deus e Senhor..., o Divino Mestre olhou para Pedro..., olhou-o profundamente... amorosamente... misericordiosamente... e Pedro chorou amargamente.

«Senhor, afasta-Te de mim, que sou um homem pecador»

Que o Senhor nos conceda a graça de uma verdadeira e constante conversão, de uma vida coerente com a Fé que professamos. Não há desculpas... Na altura, Pedro e os outros apóstolos e discípulos não tinham, ainda, sido revestidos com a força do Alto, o Espírito Santo - Consolador - mas, após o Baptismo de Jesus, no Sangue e na Água, todos nós fomos «sepultados com Cristo na morte», para vivermos para Ele, por Ele, com Ele e n'Ele. «Assim vivereis de maneira digna do Senhor, agradando-Lhe em tudo, realizando toda a espécie de boas obras e progredindo no conhecimento de Deus» (Col 1, 10). E será este conhecimento que nos levará a progredir no Amor, Amor para com Deus e Amor para com o próximo, em pureza, verdade, oblatividade.

Não há que ter medo pois, é S. Paulo quem nos diz: «Sereis fortalecidos com o seu poder glorioso, para que se confirme a vossa constância e longanimidade a toda a prova e, cheios de alegria, deis graças a Deus Pai, que nos fez dignos de tomar parte na herança dos santos, na luz divina. Ele nos libertou do poder das trevas e nos transferiu para o reino do seu Filho muito amado, no qual temos a redenção, o perdão dos pecados» (Col 1, 11-14).

VI Simpósio do Clero em Fátima

Mais de 750 padres de todo o país reúnem-se a partir desta Terça-feira em Fátima para o VI Simpósio do Clero, organizado pela Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios. A iniciativa, que decorre a cada três anos, tem desta feita um significado especial por coincidir com o Ano Sacerdotal convocado por Bento XVI. O Simpósio tem como tema “Reaviva o dom que há em ti” e vai abordar a formação contínua e permanente do clero.
Programa
A abertura do colóquio está agendada para dia 1 de Setembro, pelas 10h30, com intervenções de D. Jorge Ferreira da Costa Ortiga, D. António Francisco dos Santos, Presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios, e do Padre Jorge Madureira, Secretário da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios e do Simpósio.
O Simpósio continua pelas 11h30, com o Padre Anselm Grun, beneditino alemão, a pronunciar a sua Conferência sobre os seguintes temas: “Alegro-me nas minhas fraquezas, a experiência de si e o acompanhamento espiritual”; “O presbítero, o homem de Deus seduzido”.
Pelas 15h00, o Padre Anselm Grun profere a comunicação “Homem, Força na debilidade”, e logo a seguir, pelas 17h00, o mesmo conferencista analisa “Amadurecer espiritualmente durante toda a vida”; “Desafios do acompanhamento”.
No segundo dia, 2 de Setembro, pelas 10h00, o Padre Rocha e Melo, jesuíta, analisa a exortação de Paulo a Timóteo: “Não descures o dom espiritual que está em ti”, e “Os caminhos do silêncio e da oração”. Pelas 15h00, o Cardeal D. José da Cruz Policarpo pronuncia a sua conferência sobre “Como crescer como pessoas para servir como pastores”, seguindo-se, pelas 16h30, um painel orientado pelo Padre José Tolentino Mendonça sobre “Padres para um tempo novo”.
Dia 3 de Setembro, dividida em três partes distintas, o Padre Amedeo Cencini pronuncia a conferência sobre o “Modelo formativo em volta do qual se pode construir um projecto de formação permanente: a árvore da vida sacerdotal”, pelas10h00, 15h00 e 17h00.
Na Sexta-feira, 4 de Setembro, realiza-se a Conferência de encerramento, pelo Cardeal Cláudio Hummes. Às 11H30, será apresentada a síntese conclusiva dos trabalhos, terminando o Simpósio com a celebração da Eucaristia.
Fonte: Agência Ecclesia

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Il mio cuore cerca il Tuo Volto, la Preghiera del Cuore_1ª Parte

Abbà, sia santificato il tuo nome
Quando mi metto a pregare, non mi rivolgo al Dio dei filosofi e neppure, in un certo senso, al Dio dei teologi. Mi rivolgo a mio Padre o, meglio, a nostro Padre. Più precisamente ancora, mi rivolgo a colui che Gesù, in grande intimità, chiamava Abbà. Quando i discepoli gli chiesero di insegnar loro a pregare, Gesù disse semplicemente: «Quando pregate, dite: Abbà ...». Chiamare così Dio è essere sicuri di essere amati. E’ una certezza che non è dell’ordine delle idee dotte, bensì dell’ordine delle convinzioni intime.
Una certezza ‑ la fede ‑ cui siamo giunti, secondo la nostra impressione, dopo un certo numero di riflessioni, di meditazioni, di ascolto interiore; ma, in fin dei conti, questa certezza è un dono. Nel nostro cuore noi crediamo all’amore perché è il Padre stesso che ci ha mandato il suo Spirito, poiché ormai il suo Figlio è glorificato.
E proprio perché il Padre mi ama io posso rivolgermi a lui in tutta sicurezza e fiducia. Non lo faccio basandomi sui miei meriti, né su solide ragioni, ma lo faccio confidando nella tenerezza infinita per suo Figlio da parte dell’Abbà di Gesù e che è anche il mio Abbà.
Lui è Padre. Che significa questo? Lui dà la vita. Ma la dà non come qualcosa di distinto da sé, qualcosa che si può regalare. La dà donando se stesso. L’unico dono che egli può fare è la sua persona; il risultato di questo dono è un Figlio, un Figlio che lo ama senza misura, un Figlio per il quale non ha che tenerezza e che, a sua volta, non è che tenerezza per il Padre.
Questo è l’Abbà a cui mi rivolgo. L’unico che può darmi la vita, una vita perfettamente ricalcata sulla sua, lui mi vuole adesso a sua immagine e somiglianza, non come una aggiunta esteriore a me stesso, ma perché mi genera a partire dalla sua stessa sostanza.
Ecco che cosa voglio dire quando gli chiedo «Abbà, che sia santificato il tuo nome». Che tu sia perfettamente te stesso, Abbà, in me. Che il tuo nome di Padre si realizzi perfettamente nella relazione che si stabilisce tra noi. Abbà, io ti chiedo di essere mio Padre, di generarmi a tua immagine e somiglianza, per puro amore, affinché a mia volta, io possa divenire, per pura gratuità da parte tua, una tenerezza «verso di te». La preghiera del cuore consiste semplicemente nel trovare la strada che mi permetta di avere, riguardo al Padre, questo atteggiamento grazie al quale potrà lui stesso santificare il suo Nome in me. In me e in tutti i suoi figli. Nel suo unico Figlio, formato dell’Unico e di tutti i suoi fratelli.
Pregare significa accogliere il Padre e partecipare alla vita che egli ci dà per grazia. Accogliere il Padre, ossia permettergli di generare il Figlio, di far nascere il suo regno nel mio cuore. Così lo Spirito potrà produrre tra me e il Padre dei legami indistruttibili, legami di unità che si estenderanno fino a tutti i miei fratelli. -Un Certosino Fonte: http://www.certosini.org/

Il mio cuore cerca il Tuo Volto, la Preghiera del Cuore

La Preghiera del Cuore
M’hai chiesto di parlarti della Preghiera del Cuore. Una domanda del genere m’era stata rivolta già alcuni anni fa, ma allora avevo risposto che non intendevo impegnarmi a parlare di un argomento che non conoscevo abbastanza.
Da allora è passato del tempo e ho un po’ più d’esperienza in merito sia per quello che ho potuto constatare presso altri, sia per le scoperte che io stesso ho avuto modo di fare nella mia ricerca del Signore. Dunque ti affido qui qualche mia riflessione, pregandoti, però, di non attribuirle troppa importanza.
Sai che nella spiritualità della Chiesa orientale la preghiera del cuore è il frutto di una lunghissima esperienza. Quello che dirò ha certamente dei punti in comune con questa tradizione, ma mi rendo perfettamente conto di come io la tratti in maniera molto personale. Ciò di cui ti parlerò forse non è la vera preghiera del cuore.
La mia intenzione non è di disegnare un quadro rigido, una struttura fissa. Piuttosto vorrei indicarti una direzione, un cammino su cui impegnarsi, ma di cui non si può dire in anticipo dove andrà a finire esattamente.
La preghiera del cuore non è una meta da raggiungere, è un modo di essere, una maniera di mettersi all’ascolto e di andare avanti.
Per cominciare, se lo credi, prima di metterti a leggere, mettiti in preghiera e domanda allo Spirito del Signore di illuminarci entrambi, poiché non ho altro desiderio che aiutarlo a rischiarare i nostri cuori.
- Un Certosino

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Il mio cuore cerca il Tuo Volto_1ª Parte

Prefazione
«Un giorno Gesù si trovava in un luogo a pregare e quando ebbe finito uno dei discepoli gli disse: Signore, insegnaci a pregare, come anche Giovanni ha insegnato ai suoi discepoli».
Ancora oggi, molti uomini cercano dei maestri che insegnino loro a pregare. Più che una dottrina sulla preghiera, desiderano una testimonianza personale.
Ma rari sono quelli che parlano della loro esperienza di Dio, perché a nessuno piace parlare di sé, e inoltre la preghiera procede da un luogo interiore e segreto, il cuore.
Comunque nelle pagine che seguono il lettore incontrerà la testimonianza di un monaco certosino che fu indotto a scrivere una lunga lettera sulla preghiera del cuore.
Non si può pervenire alla vera preghiera se viene trascurata la partecipazione del cuore, quel fondo del nostro essere, al di là dell’intelletto, della volontà, degli affetti.
E’ nel nostro cuore che Dio ha fatto la sua dimora e ci parla nel silenzio del deserto; è il nostro cuore che diventa ardente quando Gesù ci parla per via e ci spiega le Scritture; è nel nostro cuore che lo Spirito Santo prega in noi gridando Abbà, Padre e intercedendo con gemiti inesprimibili.
Una testimonianza non vuole convincere, né provare, né confutare. E’un invito a fare la stessa esperienza, a vibrare in armonia nelle profondità dell’essere.
Non si comunica la preghiera come si fa della scienza; nessuno la può comprendere se non la riceve. Ad essa ci si può soltanto disporre, nella misura in cui il cuore si apre e si abbandona all’azione di Dio.
Sull’esempio di san Bruno, «quell’uomo dal cuore profondo», il monaco vive di preghiera. Tutto ciò che fa è trasformato dalla preghiera e orientato verso la preghiera, in modo che la sua vita sia un’unica e incessante orazione.
Costantemente proteso verso Dio, alla ricerca del suo volto, egli fa proprie le parole del salmista: «L’anima mia ha sete di Dio, del Dio vivente; quando verrò e vedrò il volto di Dio?».
- Un Certosino

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A Santa Missa explicada por S. Pio de Pietrelcina

«Padre Pio era o modelo de cada padre... Não se podia assistir "à sua Missa", sem que nos tornássemos, quase sem perceber, "participantes" desse drama que se vivia a cada manhã sobre o altar. Crucificado com o Crucificado, o Padre revivia a paixão de Jesus com grande dor, da qual fui testemunha privilegiada, pois o ajudava na Missa. Ele nos ensinava que nossa Salvação só se poderia obter se, em primeiro lugar, a cruz fosse plantada na nossa vida. Dizia: "Creio que a Santíssima Eucaristia é o grande meio para aspirar à Santa Perfeição, mas é preciso recebê-La com o desejo e a vontade de arrancar, do próprio coração, tudo o que desagrada Àquele que queremos ter em nós" (27 de julho 1917).
Pouco depois da minha ordenação sacerdotal, explicou-me ele que, durante a celebração da Eucaristia, era preciso colocar em paralelo a cronologia da Missa e a da Paixão. Trata-se, antes de tudo, de compreender e de realizar que o Padre no altar é Jesus Cristo. Desde então, Jesus, em seu Padre, revive indefinidamente a mesma Paixão.
Do sinal da cruz inicial até o Ofertório, é preciso ir encontrar Jesus no Getsemani, é preciso seguir Jesus na Sua agonia, sofrendo diante deste "mar de lama" do pecado. É preciso unir-se a Jesus em sua dor de ver que a Palavra do Pai, que Ele nos veio trazer, não é recebida pelos homens, nem bem, nem mal. E, a partir desta visão, é preciso escutar as leituras da Missa como sendo dirigidas a nós, pessoalmente .
O Ofertório: É a prisão, chegou a hora...
O Prefácio: É o canto de louvor e de agradecimento que Jesus dirige ao Pai, e que Lhe permitiu, enfim, chegar a esta "Hora".
Desde o início da oração Eucarística até a Consagração: Nós nos unimos (rapidamente!...) a Jesus em Seu aprisionamento, em Sua atroz flagelação, na Sua coroação de espinhos e Seu caminhar com a cruz nas costas, pelas ruas de Jerusalém e, no "Memento", olhando todos os presentes e aqueles pelos quais rezamos especialmente.
A Consagração dá-nos o Corpo entregue agora, o Sangue derramado agora. Misticamente, é a própria crucifixão do Senhor. E é por isso que Padre Pio sofria atrozmente neste momento da Missa.
Nós nos unimos em seguida a Jesus na cruz, oferecendo ao Pai, desde esse instante, o Sacrifício Redentor. Este é o sentido da oração litúrgica que segue imediatamente a consagração. "Por Cristo com Cristo e em Cristo" corresponde ao grito de Jesus: "Pai, nas Tuas Mãos entrego o Meu Espírito!" Desde então, o sacrifício é consumado pelo Cristo e aceito pelo Pai. Daqui por diante, os homens não mais estão separados de Deus e se encontram de novo unidos. É a razão pela qual, nesse instante, recita-se a oração de todos os filhos: "Pai Nosso...".
A fracção da hóstia indica a Morte de Jesus...
A Intinção, instante em que o Padre, tendo partido a hóstia (símbolo da morte...), deixa cair uma parcela do Corpo de Cristo no cálice do Precioso Sangue, marca o momento da Ressurreição, pois o Corpo e o Sangue estão de novo reunidos e é ao Cristo Vivo que vamos comungar.
A Benção do Padre marca os fiéis com a cruz, ao mesmo tempo como um extraordinário distintivo e como um escudo protetor contra os assaltos do Maligno...
Depois de ter escutado uma tal explicação dos lábios do próprio Padre e sabendo bem que ele vivia dolorosamente tudo aquilo, compreende-se que me tenha pedido segui-lo neste caminho... o que eu fazia cada dia... E com que alegria!» - Pe Jean Derobert.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Transverberação do Coração de S. Teresa

«Via um anjo ao pé de mim, para o lado esquerdo, em forma corporal, o que não costumo ver senão por maravilha. Ainda que muitas vezes se me representam anjos, é sem os ver, senão como na visão passada, que disse antes. Nesta visão quis o Senhor que o visse assim: não era grande mas pequeno, formoso em extremo, o rosto tão incendido, que parecia dos anjos mais sublimes que parecem todos se abrasam. Devem ser os que chamam Querubins, que os nomes não mos dizem, mas bem vejo que no Céu há tanta diferença duns anjos a outros e destes outros a outros, que não o saberia dizer. Via-lhe nas mãos um dardo de oiro comprido e, no fim da ponta de ferro, me parecia que tinha um pouco de fogo. Parecia-me meter-me este pelo coração algumas vezes e que me chegava às entranhas. Ao tirá-lo, dir-se-ia que as levava consigo, e me deixava toda abrasada em grande amor de Deus. Era tão intensa a dor, que me fazia dar aqueles queixumes e tão excessiva a suavidade que me causava esta grandíssima dor, que não se pode desejar que se tire, nem a alma se contenta com menos de que com Deus. Não é dor corporal mas espiritual, embora o corpo não deixa de ter a sua parte, e até muita. É um requebro tão suave que têm entre si a alma e Deus, que suplico à Sua bondade o dê a gostar a quem pensar que minto.»
Sta. Teresa de Jesus in «Livro da Vida», cap. 29, 13

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Ó meu Deus, Trindade que eu adoro...

«Ó meu Deus, Trindade que adoro, ajudai-me a esquecer-me inteiramente de mim mesma para me fixar em Vós, imóvel e pacífica, como se minha alma já estivesse na eternidade. Que nada possa perturbar a minha paz, nem fazer-me sair de Vós, ó meu Imutável, mas que cada minuto me faça penetrar mais na profundidade do Vosso Mistério.
Pacificai a minha alma, fazei dela o vosso céu, a vossa morada querida e o lugar do Vosso repouso. Que eu jamais Vos deixe só, mas que esteja aí recolhida, totalmente desperta na minha fé, toda em adoração, entregue inteiramente à vossa acção criadora.
Ó meu Cristo amado, crucificado por amor, quisera ser uma esposa para Vosso Coração, quisera cobrir-vos de glória, amar-Vos... até morrer de amor! Sinto, porém, a minha impotência e peço-vos para me revestirdes de Vós mesmo, para identificardes a minha alma com todos os movimentos da Vossa, para me submergirdes, me invadirdes, Vos substituírdes a mim, para que a minha vida seja uma verdadeira irradiação da Vossa. Vinde a mim como Adorador, como Reparador e como Salvador.
Ó Verbo eterno, Palavra de meu Deus, quero passar minha vida a escutar-Vos, quero tornar-me dócil para tudo aprender de Vós. E depois, através de todas as noites, de todos os vazios, de todas as impotências, quero fixar-Vos sempre e permanecer no resplendor da Vossa luz; ó meu Astro amado, fascinai-me a fim de que não me seja mais possível sair da vossa irradiação.
Ó Fogo devorador, Espírito de amor, "vinde a mim" para que se opere em minha alma como que uma encarnação do Verbo: que eu seja para Ele uma humanidade de acréscimo na qual Ele renove todo o seu Mistério.
E Vós, ó Pai, inclinai-vos sobre vossa pobre e pequena criatura, "cobri-a com vossa sombra", vendo nela só o Bem-Amado, no qual "pusestes todas as vossas complacências".
Ó meus Três, meu Tudo, minha Beatitude, Solidão infinita, Imensidade onde me perco, entrego-me a Vós como uma presa. Sepultai-vos em mim para que eu me sepulte em Vós, enquanto espero contemplar na Vossa luz o abismo da Vossa grandeza».
"Elevação à Santíssima Trindade"
da Carmelita: B. Isabel da Trindade

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Firmes na Fé

A Igreja e a sociedade contemporânea estão a viver um período de profundas trevas: a noite da fé... Quanto à sociedade, deixo estes problemas "sociais" para os encarregados de tal tarefa, importante também, sem dúvida, e deter-me-ei nos problemas "gerais" que afectam a Igreja Católica, motivo pelo qual existe este Blog, conduzir as pessoas ao infinito Amor de Deus, em verdade, justiça e santidade. Será que os nossos Sacerdotes - que muito estimo por serem ministros do Senhor - nas suas homilias, nos ajudam a aprofundar a fé, a crescer na prática das virtudes, a reconhecer o mal, a renunciá-lo e a optar pelo bem? Sentimos neles aquele zelo missionário que impulsionou tantos santos a dar a vida por todos, numa vida plena de oração e sacrifício?
Porque será que hoje quase não se fala na Vida Eterna, no Céu, no Inferno, na Santidade, na Pureza? Porque se coloca a Caridade num plano mais horizontal que vertical? Não será mais importante o plano vertical, a nossa relação com Deus - oração, busca de perfeição, a vivência dos conselhos evangélicos e dos Mandamentos,independentemente do estado de vida - e nesta reciprocidade de Amor (recebo o Seu Amor, acolho-O e retribuo-Lhe esse mesmo Amor, e assim sucessivamente, numa reciprocidade eterna ) se torna possível o "plano horizontal" da Caridade: o Amor aos irmãos. Mas, parece que se fala pouco de Caridade para com os irmãos e se quer fazer substituir a palavra Caridade pela palavra "fraternidade"... Enfim... Qual a razão para se falar de uma falsa Cristologia, onde a divindade de Jesus Cristo tende a desaparecer e se expande apenas a humanidade? O que pode levar uma criatura consagrada a Deus a pronunciar tamanho absurdo? Onde está a Fé? Quem é Jesus para Ele? Quem é Deus? Onde está a remissão dos pecados? Onde está o pecado original? Deturpam tudo... E pior: em muitas universidades de teologia se lê e se estuda esse autor, já notificado pela Santa Sé (e com razão).
Será - termino - que a fé está viva no coração dos fiéis, dos sacerdotes, bispos, religiosos e religiosas? Só Deus sabe, é certo, mas mediante os "frutos" se conhece a árvore... Ó Maria, Estrela da mar!
Salvé Maria! Bendita sejas!
Ilumina com Tua graça
as trevas da Santa Igreja.
Tu - Porto seguro,
Farol eterno, guia-nos
à Fonte da Vida:
Deus Pai e o Santo Espírito
e Jesus Cristo - Luz do mundo,
e minha Luz!...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Coração de Jesus...

Coração de Jesus: a Ti me consagro
para em Ti me perder e enfim ser encontrada
no oceano do Teu ser - consumada...

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Adoro-Te... Trindade Santa...

Dos escritos da B. Isabel da Trindade :

«A adoração, ah!, como é uma palavra do Céu! Parece-me que é possível defini-la - êxtase do Amor. É o Amor esmagado pela beleza, força, ou grandeza imensa do Objecto amado, e cai numa espécie de desfalecimento [Ruysbroec], num silêncio pleno, profundo, esse silêncio de que falava David quando exclamava: "O silêncio é o Teu louvor!..." Sim, é o mais belo louvor, pois é o que eternamente se canta no seio completamente tranquilo da Trindade, e é também o "último esforço da alma que transborda e já não consegue dizer mais nada..." (Lacordaire).»

domingo, 8 de março de 2009

Fixa o teu olhar...

Fixa o teu olhar no espelho da eternidade,
deixa a tua alma banhar-se no esplendor da glória
e une o teu coração Àquele que é encarnação
da essência divina, para que, contemplando-O,
te transformes inteiramente na imagem da Sua divindade.

- Sta. Clara

sexta-feira, 6 de março de 2009

Cordeirinho imolado, meu Jesus!

Senhor Jesus, Tu és o Cordeiro imolado,
a única vítima pura e santa
cujo sangue derramado
nos liberta, nos cura, nos salva.

Escondida em Ti, no Teu mais profundo centro
torno-me oferenda viva e agradável ao Pai,
por Ti e em Ti consumida, ó meu Cristo,
que temor me poderá cercar?

«Eis o tempo favorável, eis os dias da salvação»
em que todo o pecador renasce para a Vida
em que a morte é humildemente vencida:
somos resgatados e sepultados no Baptismo!

«Um sepulcro novo, onde ninguém havia sido sepultado»
assim me dizes querer meu coração...
Ó Jesus, Tu o queres vazio, puro, novo,
um coração de carne para Te amar e amar os irmãos...

- Toma-o. É Teu...

Cordeirinho imolado para me dar a Vida,
tornas-Te alimento nesta peregrinação terrena,
nunca me deixas só, presença eterna:
Teu olhar me sustenta, Teu Coração me governa!

És o meu rei, o Esposo crucificado,
meu Senhor amado, meu único Bem,
acende em mim Teu fogo de amor vivo,
consome tudo.....

«Tenho sede!», clamasTe na suprema hora,
e clamas secretamente ao meu coração...
amar-Te, ó Jesus, é meu anseio,
dessedentar-Te com amor é Teu maior anelo...

Amar-Te unicamente e amar todos em Ti,
com o Teu amor, com o teu Coração,
e gozar Tua presença aqui e eterna,
antecipar o céu com a cruz ao peito!... ... ...

Abandono-me inteiramente a Ti e a Tua Mãe
- a Imaculada, que me cobre com Seu manto...
Na Tua graça permaneço, não me deixes,
neste santo tempo da Quaresma:

Acolhe-me em Teus braços, ó Senhor!
- em Ti repouso e avanço... avanço... em Ti!...

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Em breve...

Em breve, se Deus quiser, sairá um novo post... Peço desculpa a todos quantos por aqui têm passado e sem verem novidades.
A todos: unida no Senhor, pelo mesmo Espírito que nos habita e santifica.