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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

13 de Setembro: a quinta Aparição

Das «Memórias da Irmã Lúcia» (pp. 169 - 171):

Dia 13 de Setembro de 1917 - ao aproximar-se  a hora, lá fui, com a  Jacinta e o Francisco, entre numerosas pessoas que a custo nos deixavam andar. As estradas estavam apinhadas de gente. Todos nos queriam ver e falar. Ali não havia respeito humano. Numerosas pessoas, e até senhoras e cavalheiros, conseguindo romper por entre a multidão que à nossa volta se apinhava, vinham prostrar-se, de joelhos, diante de nós, pedindo que apresentássemos a Nossa Senhora as suas necessidades. Outros, não conseguindo chegar junto de nós, chamavam de longe:

- Pelo amor de Deus! peçam a Nossa Senhora que me cure meu filho, que é aleijadinho!
Outro:
- Que me cure o meu, que é cego!
Outro:
- O meu, que é surdo!
- Que me traga meu marido...
- ... meu filho, que anda na guerra!
- Que me converta um pecador!
-Que me dê saúde, que estou tuberculoso!

Etc., etc.
Ali apareciam todas (as) misérias da pobre humanidade. (...) Chegámos, por fim, à Cova da Iria, junto da carrasqueira e começámos a rezar o terço com o povo. Pouco depois, vimos o reflexo da luz e a seguir Nossa Senhora sobre a azinheira.

- Continuem a rezar o terço, para alcançarem o fim da guerra. Em Outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, S. José com o Menino Jesus para abençoarem o Mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda; trazei-a só durante o dia.

- Têm-me pedido para Lhe pedir muitas coisas: a cura de alguns doentes, dum surdo-mudo.

- Sim, alguns curarei; outros não. Em Outubro farei o milagre, para que todos acreditem.

E começando a elevar-se, desapareceu como de costume.


Reflexão

Dos «Apelos da Mensagem de Fátima» (pp. 143 - 150):

«Continuem a rezar o Terço, para alcançarem o fim da guerra» (Nossa Senhora, 13 de Setembro de 1917).

A Mensagem pede que continuemos a rezar o Terço, que é a fórmula de oração que está mais ao alcance de todos, grandes e pequenos, ricos e pobres, sábios e ignorantes; todas as pessoas de boa vontade podem diariamente rezar o seu Terço.

Mas porque é que a Mensagem nos pede para continuarmos a rezar todos os dias o nosso Terço? Porque a oração é a base de toda a vida espiritual: se abandonarmos a oração, vem-nos a faltar aquela vida sobrenatural que é haurida no encontro da nossa alma com Deus, porque este encontro realiza-se na oração. Vede o que Jesus Cristo recomendou: «Pedi e dar-se-vos-á; procurai e encontrareis; batei e abrir-se-vos-á. Pois, quem pede recebe e quem procura encontra; e ao que bate abrir-se-á» (Mt 7, 7-8). A oração é procura e encontro com Deus. Nós precisamos de procurar Deus para O encontrarmos, e a promessa lá está: «Quem procura encontra». Não é que Deus esteja longe de nós; nós é que nos afastamos de Deus e perdemos o sentido da Sua presença. Por isso, a Mensagem pede-nos a perseverança na oração, ou seja, que continuemos a rezar, para alcançar o fim da guerra.

Por certo que, no momento, a Mensagem referiu-se à guerra mundial que então afligia a humanidade. Mas esta guerra é também o símbolo de muitas outras guerras que nos cercam e das quais precisamos de conseguir o fim, com a oração e o nosso sacrifício. Penso nas guerras que nos movem os inimigos da nossa salvação eterna: o Demónio, o mundo e a nossa própria natureza carnal. (...)

Além das tentações do Demónio, temos as tentações do mundo que nos rodeia, sugestiona e ilude. Muitas vezes somos iludidos e enganados pelas vozes do mundo.

O mundo fala-nos de vaidades, riquezas, honras, modas, etc. Levados por estas vozes, queremos subir, parecer bem, atrair as atenções, ver-se cumulado de honras, possuir riquezas, passar por sábios, ocupar os primeiros lugares, mesmo à custa da justiça e da caridade. (...)

Como o Demónio e instigado pelos Demónios, o mundo rodeia-nos de inveja, ciúmes e ódio: «Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, Me aborreceu a Mim. Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes Eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece» (Jo 5, 18-19).

Deixai que vos repita, em palavras minhas, o que diz a Mensagem: Continuai a rezar, para conseguirdes a paz, para alcançardes vitória sobre as tentações e as perseguições. (...)

Por isso, nos diz a Mensagem: Continuai a rezar o Terço para alcançar o fim da guerra.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

O 13 de Maio

Tive a oportunidade de estar em Fátima nestes dias de peregrinação, de encontro com a Mãe do Céu e, n'Ela e com Ela: com Deus! Momentos únicos, sem dúvida, em que nos sentimos acolhidos, amados, escolhidos... Em que vemos como a Fé predomina em tantos irmãos nossos espalhados pelo mundo e em tantos irmãos nossos portugueses que passam frio, dormem nas colunatas e acampam nos parques, para agradecer graças recebidas, para suplicar, para orar e se encontrarem de modo particular com "Nossa Senhora de Fátima". Toda a Mensagem não é mais do que um relembrar o Evangelho de Jesus Cristo. É um anúncio à conversão, à mudança de vida; à reparação pelos pecados próprios e pelos pecados do mundo; à oração do Rosário para alcançarmos a PAZ; à adoração e à união com a Santíssima Trindade. Por isso, a Igreja reconhece verdadeira e digna de fé. A Santíssima Virgem Maria não quer ser a "protagonista" da Mensagem... Ela quer conduzir-nos ao Coração de Seu Filho, a Jesus e n'Ele e com Ele ao Pai. Mas a Sua presença maternal é indispensável para a nossa salvação e santificação. Sem Ela Deus não teria vindo ao mundo, o Verbo não teria encarnado no Seu seio imaculado. Por isso, é esta carinhosa Mãe quem hoje continua a dar à luz Jesus nos nossos corações, nos corações de tantos irmãos nossos... Corações magoados, manchados, arruinados... E, através de Maria: a "Gratia plena", ficam restaurados, renovados, transformados em oásis da graça de Deus! «E tu sofres muito? Não desanimes; Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.» Que Maria Santíssima guie sempre os nossos passos no Caminho, na Verdade, na Vida! Amen!

A Mensagem de Fátima

Excerto do livro «Como vejo a Mensagem», da serva de Deus Ir. Lúcia: «Um dos principiais motivos desta mensagem é levar-nos a uma melhor compreensão dos Mandamentos da Lei de Deus, da sua importância, do seu valor e da nossa responsabilidade perante o dever que temos de observá-los com fidelidade e amor, na terra e a felicidade na vida eterna. É Mensagem de fé: "Meu Deus eu creio." Creio que sois o único verdadeiro, o Criador de tudo quanto existe, o único Senhor do Céu e da terra, o único digno de ser servido, adorado e amado. Porque creio, adoro-Vos e espero em Vós, que todos os bens de Vós hão-de vir, abandono-me nos Vossos braços de Pai e confio no Vosso amor, porque sois o meu Salvador. Amo-Vos porque sois o único digno do meu amor, e quisera pagar-Te com o mesmo amor com que Tu me amas a mim. É Mensagem de oração: "Que fazeis? Orai! Orai muito! Os Corações de Jesus e de Maria têm sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente ao Altíssimo orações e sacrifícios."
A pergunta: "Que fazeis?", não significa uma repreensão, mas apenas uma chamada de atenção para o mais necessário e importante, que é a oração, o nosso encontro com Deus na oração, que deve ser um diálogo habitual, da nossa alma com o Senhor. Mesmo no meio das nossas ocupações, dos nossos trabalhos, dos nossos entretenimentos, dos nossos afazeres e recreações, o Senhor deve estar sempre presente no nosso espírito, no nosso coração e nas nossa intenções, para que em tudo Lhe dêmos gosto e glória, isto e, uma prova de amor. Devemos, assim, dar gosto ao Senhor, para cativarmos o Seu olhar de misericórdia sobre nós, de modo que o Senhor Se sinta bem em nós, em nós se recreie e descanse, para fazer-nos um com Ele. Para tanto, é preciso que a nossa oração seja um diálogo de encontro com Ele; quer seja deixando o nosso coração falar, dizer-Lhe tudo quanto sente, deseja e d'Ele espera, com fé e confiança, certos de que o Senhor nos vê, nos observa, nos escuta e nos atende. S. Paulo diz que nós somos casa de Deus (cf 1 Cor 3, 9).
Se somos casa de Deus, somos morada onde Ele habita; não deixemos que na nossa casa Ele se encontre só, esquecido, abandonado, menos ainda, que aí seja por nós ofendido.
"Os Corações de Jesus e de Maria têm sobre vós desígnios de misericórdia."
Não é só sobre os humildes pastorinhos que Deus tem desígnios de misericórdia. Sobre cada um de nós, Deus tem desígnios de misericórdia, graça, perdão e amor, basta que não ponhamos obstáculo, com os nossos pecados, faltas e ingratidões, impedindo o Senhor de realizá-los em nós.
É uma exigência da nossa correspondência à vontade de Deus sobre nós.
"Oferecei constantemente ao Altíssimo orações e sacrifícios." O sacrifício é o baluarte da nossa oração, é a força que a sustenta. Primeiro o sacrifício de nós mesmos, dos nossos gostos ilegítimos, a renúncia dos nossos apetites pecaminosos provenientes da sensualidade, do egoísmo, do comodismo e da ambição. Depois, os sacrifícios voluntariamente aceites e buscados para oferecê-los ao Senhor, como oferta humilde do nosso amor e a nossa gratidão. É a esta oração e sacrifícios que os Corações de Jesus e Maria estão atentos, para acolhê-los e levá-los ao Pai, como fruto continuado da Sua obra Redentora, para a salvação da Humanidade É o que nos diz S. Paulo: Completar em nós o que faltou à Paixão de Cristo.
Faltou o que a cada um de nós toca, como membros que somos do Copo místico de Cristo, unir a nossa oração à Sua e o nosso sacrifício ao sacrifício de Cristo Redentor.»
Acolhamos o Amor e a Misericórdia de Deus que sempre perdoa e esquece as nossas faltas de correspondência à Sua graça; que nos ama e deseja derramar em nossos corações graças abundantes para nossa salvação e felicidade eterna! Deus é Amor!